FECAM sugere que 21 Associações de Municípios de Santa Catarina adotem ações conjuntas no combate e prevenção à dengue no Estado
O monitoramento dos casos suspeitos de dengue, acompanhamento da infestação, prevenção em educação em saúde, gestão dos pneus inservíveis, controle químico, fechamento de depósito de água, eliminação e tratamento de criadouros e autuações. Essas são as principais medidas que estão sendo sugeridas pela Federação Catarinense de Municípios – FECAM para serem adotadas de forma conjunta pelas 21 Associações de Municípios de Santa Catarina com objetivo de evitar que o mosquito transmissor se prolifere e a doença se alastre em todo o Estado.
A proposta de ação conjunta foi construída em reunião realizada nessa quarta-feira (25) no auditório da prefeitura de Chapecó, com a presença de secretários municipais das regiões da AMOSC (Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina), AMAI (A.M. do Alto Irani), AMAUC (A.M. do Alto Uruguai Catarinense), AMEOSC (A.M. do Extremo Oeste de Santa Catarina), AMERIOS (A. M. do Entre Rios) e AMNOROESTE (A.M. do Noroeste Catarinense).
O presidente da FECAM e prefeito de Chapecó, José Caramori, participou da reunião e disse que para se evitar uma epidemia é necessária a conscientização das pessoas e de uma ação proativa no combate a proliferação do mosquito. “Temos ainda de três a quatro semanas do ápice da infestação”, disse Caramori, que também é presidente da AMOSC.
Também deverão ser adotadas medidas de prevenção para o setor de transportes. Para tanto, está prevista a triagem dos caminhoneiros que se deslocam em um intervalo de 10 dias para as regiões de transmissão viral, sendo que esse trabalho poderá ser feito pelo Serviço de Medicina do Trabalho de cada unidade Industrial. Os agentes de combate à endemia nas unidades industriais farão as orientações e encaminharão os casos suspeitos para o serviço de saúde do município. Será incentivado o uso de repelente no município e durante as viagens a fim de garantir que os motoristas ao se deslocarem estejam protegidos e também para evitar a contaminação.
Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue
Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda
Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo
Mantenha lixeiras tampadas
Deixe os depósitos para guardar água sempre vedados, sem nenhuma abertura, principalmente as caixas d’água
Plantas como Bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água
Trate a água da piscina com cloro e limpe uma vez por semana
Mantenha ralos fechados e desentupidos
Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana
Retire a água acumulada em lajes
Dê descarga no mínimo uma vez por semana em banheiros pouco usados
Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário
Evite acumular entulho, pois podem se tornar locais de foco do mosquito da dengue.
Santa Catarina tem 781 casos de dengue
Boletim divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (DIVE), nesta quarta-feira (25), confirmou 781 casos de dengue em Santa Catarina de 1º de janeiro ao dia 25 de março de 2015. Do total, 646 são autóctones (transmissão dentro do Estado), 49 importados (transmissão fora do Estado) e 86 estão em investigação para definir o local de transmissão. Outros 2.020 casos foram descartados por apresentarem resultado laboratorial negativo para dengue.
Dengue
É uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus. É transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado. Os sintomas da dengue são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor retro-orbital (atrás dos olhos), e manchas vermelhas na pele.
Pessoas que estiveram nos últimos 14 dias numa cidade com presença do Aedes aegypti ou com transmissão da dengue e apresentar os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequado.
Com informações da AMOSC e do Governo do Estado